Autismo: Inclusão Familiar

Uma das grandes dificuldades das pessoas com autismo e pais é a inclusão na própria família, que passa pela aceitação, conhecimento da forma de lidar com eles e entendê-los. As pessoas mais próximas aos nossos filhos são os familiares e amigos. Portanto cabe aos pais a grande tarefa de cumprir o papel de conscientizar as pessoas que fazem parte desse convívio.
Por exemplo, o Ulisses completou 6 anos de idade no dia 25 de novembro/2010 e não perdemos a oportunidade de fazer deste momento a chance de falar sobre autismo para os familiares e amigos. Avisamos a todos que este aniversário seria diferente, pois agora que não restava dúvidas sobre o diagnóstico, neste ano fizemos um almoço e depois conversamos sobre autismo e assistimos um documentário. Ao mesmo tempo em que o menino se divertia muito fazendo algo que ele adora: tomar banho de piscina.


Compareceram os avós, tios, primos, sobrinhos e amigos para juntos cantarmos os parabéns do Ulisses. Logo depois distribuímos um papel para os convidados e pedimos que eles respondessem em uma frase: o que é o autismo?
As respostas foram as seguintes:
- Ser autista é um desafio.
-Louco por coisas.
-Ele vive no mundo dele.
-É um jeito diferente de ser.
-São pessoas com várias fases.
-Desafio e superação.
-É um mundo especial que requer muito carinho e atenção.
-Uma doença comportamental.
-É alguém especial que vive num mundo construído só para ele que consegue viver através de muito amor e dedicação.
-O autista tem seu próprio mundo.
-É um exemplo de superação.
-O autismo é muito mais do que um jeito de ser. É uma forma de viver e uma coisa diferente que aprendemos a conviver.

Depois cada um leu as respostas e assistimos o documentário.
Sobre o documentário:

Autismo – O Musical”, da diretora Tricia Regan, segue os seis meses de trabalho desenvolvidos por Elaine Hall e equipe com cerca de 22 crianças portadoras de autismo, no Miracle Project. Ao final deste semestre, eles iriam criar e encenar um musical – e esta será uma tarefa das mais difíceis, já que o autismo afeta a capacidade de se comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder de maneira apropriada ao ambiente no qual estão inseridos.

O filme aborda estas questões também do ponto de vista de cinco crianças participantes do projeto – Adam, Henry (filho de Stephen Stills, do clássico grupo Crosby, Stills & Nash), a adorável Lexi. Neal e Wyatt – e seus pais. Contando com a total colaboração das famílias (que cederam vídeos caseiros mostrando os momentos em que eles encontraram os primeiros sinais de que seus filhos eram diferentes das outras crianças), a diretora Tricia Regan consegue pintar um cenário que causa uma empatia muito grande com o espectador e faz com que a gente se importe com cada um deles.

Indicado ao Primetime Emmy Awards 2008 na categoria de Nonfiction Special, “Autismo – O Musical” é um documentário excelente. Tricia Regan faz um filme extremamente sensível que nos mostra crinças que – apesar de viverem em seu próprio mundo – possuem inteligência e humor raros, e que, no fundo, só querem ser compreendidas. Ao abordar um tema “tão difícil” com honestidade, Regan humaniza seu relato, e o ato final do filme é uma das coisas mais lindas e comoventes que eu já vi – o filme faz com que você se envolva tanto que, no término dele, estamos sentindo um misto de orgulho, de amor e de carinho por estas pessoas, ao mesmo tempo em que ficamos com uma lição de vida e com um exemplo de superação.
Autismo – O Musical (Autism,The Musical, 2007)
Diretor: Tricia Regan
Com: Adam, Elaine Hall, Henry, Rosanne Katon, Lexi, Neal, Wyatt, Kristen Stills, Stephen Stills.
Fonte: Texto da Kamila no site Cinéfila por Natureza.

O que vimos ao término do filme foi que todos que estavam ali participando do aniversário saíram com outra visão sobre o autismo.

Um comentário:

  1. Achei muito bonito a atitude desses pais em aceitar e assumir a condição de seu filho tão especial, isso mostra o quanto o amor da família é importante em todos os momentos. o que mais aprendi com esse depoimento foi que não podemos perder de vista as pessoas que amamos, pois , todos necessitamos ser amados, respeitados e vista, acima de tudo como uma pessoa e não como coitadinhos.
    Parabéns pais de Ulisses, pela belíssima lição de amor e inclusão familiar.
    Todos somos especiais.

    Lucivândia Ribeiro ( Membro da Escola de Pais do Brasil - Seccional Campina Grande - PB ).
    www.escoladepais.org.br

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